Ao longo dos últimos cinco meses, o IESE desenvolveu os trabalhos de Elaboração do Plano Referencial Estratégico Mar Madeira 2030, nos termos do contrato celebrado com a ACIF e na sequência do Procedimento de Concurso Público lançado por esta Câmara de Comércio e Indústria da Madeira.

Entre os principais objetivos associados à Elaboração do Plano salientam-se os seguintes:

·  Definir a Visão e o Posicionamento Estratégico da RAM no âmbito do Mar e do Litoral, identificando os fatores distintivos e críticos de sucesso para a valorização da matriz de recursos e atividades da Economia do Mar.

·  Construir uma perspetiva de clusterização de atividades, no horizonte 2030, apoiada na implementação de um Plano de Ação enquadrando medidas, ações, projetos e ideias de negócio, tendo por suporte operacional instrumentos de programação e monitorização de iniciativas (científicas, económicas, educativas e desportivas) conexas com o Mar e o Litoral.

·  Conceber um instrumento potenciador da atratividade do complexo de atividades da Economia visando o reforço de competitividade da RAM
no mercado global, numa ótica de desenvolvimento sustentado e sustentável do Mar.

A abordagem metodológica adotada pelo IESE privilegiou uma perspetiva multi-método em que se destaca: (i) a análise de informação estatística; (ii) a análise de informação documental; (iii) os ciclos de entrevistas e reuniões de trabalho com entidades públicas (Administração Regional e Local), associativas e privadas; (iv) a inquirição da comunidade escolar (professores e alunos); (v) a análise de benchmarking, procurando capitalizar o conhecimento técnico-científico existente (nacional e global); e (vi) a realização de sessões de análise prospetiva de suporte à construção dos cenários de desenvolvimento.

Visão Estratégica

A visão estratégica para o desenvolvimento dos Recursos do Mar da Madeira foi formulada para 2020 e 2030, procurando traduzir uma perspetiva de abordagem evolutiva a qual parte da necessidade de começar por fomentar os setores existentes da Economia do Mar (relacionados e de suporte), dentro do entendimento que apenas a sua consolidação gradual poderá contribuir para a organização, a mais longo prazo, de um Cluster do Mar na Região.

>  Visão 2020

O Mar da Madeira onseguiu atrair várias atividades e iniciativas suscetíveis de contribuir para valorizar os seus recursos (marítimos e marinhos, vivos e não vivos) e cuja consolidação potencia um Cluster de atividades, produtos e serviços geradores de riqueza e emprego a longo prazo.

>  Visão 2030

O Mar da Madeira apresenta uma estrutura de governação eficiente, suportada em recursos humanos qualificados e num sistema de inovação que responde às necessidades regionais, gerando relações de complementaridade entre atores e atividades na exploração sustentável dos recursos marítimos e marinhos (vivos e não vivos) da Região, contribuindo para reforçar a competitividade económica regional e a resiliência face aos riscos emergentes a nível global, incluindo os decorrentes do fenómeno das alterações climáticas.

Arquitetura de Eixos Estratégicos de Intervenção

A arquitetura do Plano Referencial Estratégico Mar Madeira 2030 procura combinar um conjunto coeso de vertentes de atuação estruturantes, segundo o modelo seguinte que explicita os Eixos Estratégicos de Intervenção do Plano de Ação.

Arquitetura de eixos estratégicos de intervenção do plano de ação

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1. Conhecimento e Competências [campo de intervenção do 1.º Eixo Estratégico de Intervenção], enquadrando iniciativas com origem nas instituições do Sistema Regional de Inovação e dos subsistemas de Ensino e Formação Profissional, nomeadamente, em articulação de projetos e de iniciativas com entidades empresariais.

2. Dinamização da atividade económico-empresarial [campo de intervenção do 2.º, 3.º e 4.º Eixo Estratégico de Intervenção], enquadrando iniciativas com origem em entidades privadas e associativas e, pontualmente, em entidades públicas com atribuições e competências no domínio das infraestruturas, equipamentos, serviços e atividades de regulação (gestão, licenciamento, …).

3. Valorização de elementos de identidade marítima e territorial [campo de intervenção do 5.º Eixo Estratégico de Intervenção], enquadrando iniciativas com origem em entidades privadas e associativas (empresariais e locais) e entidades públicas dos domínios de tutela da educação, da cultura e património, do turismo,…

4. Governação do Plano Referencial Estratégico [campo de intervenção do 6.º Eixo Estratégico de Intervenção], combinando intervenções de entidades públicas de regulação (gestão e ordenamento do espaço marítimo, redução de custos de contexto,...) e da ACIF, também com funções de Monitorização. 

 

Pode aceder ao Relatório Final do Estudo através deste link.